quinta-feira, 30 de junho de 2011

Perfeita aos Olhos do Pai (Aline Barros)

Aos olhos do pai,
Você é uma obra prima
Que ele planejou,
Com suas próprias mãos pintou

A cor de sua pele
Os seus cabelos desenhou
Cada detalhe,
Num toque de amor

Você é linda demais,
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você
Não vi jamais

Princesa linda demais
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você
Não vi jamais

Aos olhos do pai,
Você é uma obra prima
Que te planejou,
Com suas próprias mãos pintou

A cor de sua pele
Os seus cabelos desenhou
Cada detalhe,
Num toque de amor

Nunca deixe alguém dizer
Que não é querida
Antes de você nascer
Deus sonhou com você

Você é linda demais,
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você
Não vi jamais

Princesa linda demais
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você
Não vi jamais
Aos olhos do pai.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Terapia e os resultados positivos

Lembro do dia em que a Nicolle iniciou as terapias com a Ana Cristina Oaquim (Fonoaudióloga e Psicopedagoga). Quando entrei na sala de terapia e começamos a conversar contei como a Nicolle se comportava e das coisas que gostava. Comentei que ela gostava muito de papel e canetas e que não chegava perto de seus binquedos. Nem as mais variadas cores e formatos dos brinquedos prendiam a atenção da Nicolle e isso de certa forma me preocupava...

Nos primeiros meses a Nicolle não aceitava entrar na sala sozinha, sempre puxava minha mão ou chorava quando notava que eu tentava sair...

O tempo foi passando...e tudo foi mudando... Hoje, ao chegarmos a clínica, minha filha já vai em busca da Ana, segura sua mão e sai puxando em direção a sala para o início de mais uma terapia.

Vejo como é importante esse tipo de atividade para o desenvolvimento da minha filha e todos os dias me surpreendo com a novidades que ela aprende.

Ela já passa em média 30 minutos concentrada com os brinquedos, sua coordenação motora é fantástica, conta de 1 a 10 e não é decoreba não, ela conhece os números, já repete várias palavras quando nos ouve falar e até acompanha cantando as músicas que tocam em seus dvd´s. 

Cada avanço que minha filha tem me deixa imensamente feliz, é uma emoção tão grande ver as pequenas coisas que ela aprende. Dou o maior valor para cada detalhe, cada palavrinha que ela diz, cada sorriso que ela dá. Isso me faz mais forte e enche meu coração de alegria. 

Desliguei o flash para não incomodar e registrei a terapia de hoje.

Obrigada Ana Cristina, pelo seu maravilhoso trabalho e por você fazer parte de nossas vidas!!!










segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sintomas que ajudam a identificar o autismo

Conforme - ASA (Autism Society of American): A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.


1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Gira objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

Algumas características que podem ser encontradas em autistas

Artigo: O que nos pediria um autista

1- Ajuda-me a compreender. Organize meu mundo e facilita-me ou antecipa o que vai acontecer. Dá-me ordem, estrutura, e não caos.
2- Não te angusties comigo, porque me angustio. Respeita meu ritmo. Sempre poderás relacionar-te comigo se compreenderes minhas necessidades e meu modo especial de entender a realidade. Não se deprima, o normal é que avance e me desenvolva cada vez mais.
3- Não me fale demais, nem demasiado depressa. As palavras são “ar” que não pesa para ti, mas podem ser uma carga muito pesada para mim. Muitas vezes não são a melhor maneira de relacionar-se comigo.
4- Como outros filhos, como outros adultos, necessito compartilhar o prazer e gosto de fazer as coisas bem, mesmo que nem sempre consiga. Faz-me saber, de algum modo, quando consigo fazer as coisas bem e ajuda-me a fazê-las sem erros. Quando faço muitos erros, pode ser que me irrite, e acabe por me negar a fazer as coisas.
5- Necessito de mais ordem do que você necessita, mais previsibilidade do que você requer. Teremos que negociar alguns rituais para conviver.
6- É difícil compreender o sentido de muitas das coisas que me pedem para fazer. Ajuda-me a entendê-las. Peça-me coisas que podem ter um sentido concreto e decifre-as para mim. Não permitas que me acomode nem permaneça inativo.
7- Não me invadas excessivamente. Às vezes, as pessoas são muito imprevisíveis, demasiadamente ruidosas, demasiadamente estimulantes. Respeita as distancias de que necessito, porém nunca me deixe só.
8- O que faço não é contra você. Quando tenho uma zanga ou me golpeio, quando destruo algo ou me movimento em excesso, quando me é difícil atender ou fazer o que me pedes, não estou querendo te prejudicar. Não me atribua más intenções!
9- Meu desenvolvimento não é absurdo, embora não seja fácil de entender. Ele tem sua própria lógica e muitas das condutas que chamam de “alteradas” são formas de enfrentar o mundo na minha especial forma de ser e perceber. Faça um esforço para me compreender.
10- Para mim, as outras pessoas são demasiadamente complicadas. Meu mundo não é complexo e fechado. É simples. Embora te pareça estranho o que te digo, meu mundo é tão aberto, tão sem dissimulações e sem mentiras, tão ingenuamente expostas aos demais, que é difícil penetrarmos nele. Não vivo em uma “fortaleza vazia”, nem em uma planície tão aberta que possa parecer inacessível. Tenho muito menos complicações do que as pessoas consideradas normais.
11- Não me peças sempre as mesmas coisas nem me exijas as mesmas rotinas. Não tens que te fazer autista para me ajudar. O autista sou eu, não você!
12- Não sou só autista. Também sou uma criança, um adolescente, ou um adulto. Compartilho muitas coisas das crianças, adolescentes ou adultos ditos “normais”. Gosto de jogar e de me divertir. Quero os meus pais e as pessoas que me cercam e me sinto satisfeito quando faço as coisas bem. É aquilo que compartilhamos que nos une.
13- Vale a pena viver comigo. Poço dar-lhe tantas satisfações quanto outras pessoas, embora não sejam as mesmas. Pode chegar um momento em sua vida em que eu, que sou autista, seja sua maior e melhor companhia.
14- Não me agridas quimicamente. Se te dizem que tenho que tomar um medicamento, providencie que seja revisado periodicamente por um especialista.
15- Nem meus pais nem eu temos a culpa do que se passa. Tão pouco a têm os profissionais que me ajudam. Não serve de nada que os culpe. Às vezes, minhas reações e condutas podem ser difíceis de compreender ou afrontar, porém não é culpa de ninguém. A idéia de “culpa” não produz mais que sofrimento em relação ao meu problema.
16- Não me peças constantemente coisas acima do que sou capaz de fazer. Porém peça-me o que posso fazer. Dá-me ajuda para ser mais autônomo, para compreender melhor, porém não me dê ajuda demais.


Texto de Angel Rivière

Feriado no Shopping

No dia 23 (feriado) levei a Nicolle para passear no shopping.
Posso dizer que foi maravilhoso...
Sempre que pensava em um local para levar a Nicolle para brincar lembrava do parque que tem no interior do Amazonas Shopping, porém me chamou a atenção um outro parque lá mesmo...é o Clube das Estrelinhas.
Não se trata de propaganda, apenas gostei bastante desse local e gostaria de compartilhar.
É pequeno, mas com vários brinquedos adequados para a idade da minha filha (3 anos). O local oferece segurança e conta com vários monitores.
Para entrar, cada criança deve ter um cadastro e usar uma blusa com identificação (a Nicolle não gostou muito da ideia e não aceitou). Tal procedimento, porque muitos pais deixam lá os filhos enquanto fazem compras... não foi o meu caso, fiquei lá o tempo todo...admirando a alegria da minha filha e é claro, registrando todos os momentos...(risos)

















quarta-feira, 22 de junho de 2011

Senado aprova política de proteção da pessoa autista

Senado aprova política de proteção da pessoa autista

O que é Autismo? (Dr. Fernando N. Arita - neurocirurgião/pediatra)

Autismo. Distúrbios do Espectro Autístico


O autismo é um complexo distúrbio neurobiológico do desenvolvimento, de longa duração, definido em bases comportamentais, com um amplo espectro de manifestações clínicas, caracterizado por prejuízos na interação social, na comunicação verbal e não verbal e por padrões restritos, repetitivos e estereotipados do comportamento, de interesses e de atividades.

O autismo não é uma doença. É uma manifestação sintomática de um desenvolvimento atípico de um cérebro imaturo. É uma síndrome comportamental peculiar, com graus variados de gravidade, com etiologias múltiplas.

A partir dos anos 70, saímos do protótipo de autismo descrito por Kanner em 1943, conhecido como autismo clássico, atribuído a uma psicodinâmica familiar patológica, principalmente materna, focando o tratamento para os pais, para passar a reconhecer limites clínicos mais amplos, identificando um espectro de distúrbios correlatos. Atualmente, o autismo é reconhecido como um conjunto de transtornos comportamentais similares, denominados distúrbios do espectro autístico ou transtornos invasivos do desenvolvimento (DSM-IV) ou transtornos globais do desenvolvimento (CID-10). Nesse conjunto de distúrbios do espectro autístico estão incluídas as seguintes categorias: autismo infantil, distúrbio autístico (clássico); autismo atípico, que não preenche todos os critérios do autismo clássico; síndrome de Asperger; distúrbios desintegrativos da infância; síndrome de Rett.

Ao lado dessas mudanças de definição diagnóstica, a literatura tem mostrado uma elevação significativa da prevalência dos distúrbios do espectro autístico nos últimos anos.

Em relação ao autismo infantil, considerado por várias décadas como um distúrbio do comportamento raro e grave, com prevalência ao redor de 0,4/10.000, as revisões de estudos epidemiológicos realizados após 1987 mostraram prevalência acima de 7/10.000. Em estudos publicados a partir do ano 2000, a prevalência variou de 7,2 a 40,5/10.000. A média de prevalência foi de 20,6/10.000, valor que pode ser atualmente usado como a melhor estimativa para a prevalência do autismo infantil.

O grupo do autismo atípico foi pouco valorizado em estudos epidemiológicos mais antigos, porém, o progressivo reconhecimento de sua importância tem aumentado a sua busca, uma vez que representa um grupo substancial de crianças para as quais as necessidades de tratamento são tão importantes quanto às do autismo infantil. A prevalência estimada do autismo atípico é de 37,1/10.000, 1,8 vez maior que a do autismo clássico.

Estudos epidemiológicos da síndrome de Asperger são esparsos, a estimativa da prevalência é mais imprecisa e gira em torno de 6,0/10.000.

O distúrbio desintegrativo da infância é uma condição muito rara, estima-se que represente 1 caso para cada 103 casos de autismo, ou seja, 4,0/100.000.

Assim, a prevalência combinada de todos os distúrbios do espectro autístico, somando-se todas as prevalências individuais, é de 63,7/10.000, o que coloca esse grupo como um dos principais neurocomportamentais da infância.

O abrupto aumento na prevalência dos distúrbios do espectro autístico levantou a possibilidade da ocorrência de uma epidemia de autismo. Na verdade, a melhor caracterização e mudanças dos critérios diagnósticos, uma maior atenção, a melhora da prática médica, o diagnóstico mais precoce, seguramente foram os fatores que mais contribuíram para esse aumento. A possibilidade de participação de fatores ambientais tais como lesões perinatais, vacinas (exposição a minúsculas quantidades de conservantes com mercúrio ou a persistência do vírus do sarampo no sistema linfático entérico) ou alergias alimentares não mostraram consistência em estudos controlados.

A partir dos anos 60, foram se agregando crescentes evidências da base biológica para distúrbios autísticos diante da associação com retardo mental, crises epilépticas e síndromes genéticas.

A participação da genética nos quadros autísticos é evidente. Frequentemente estão associados com condições genéticas, cromossômicas ou metabólicas, tais como a esclerose tuberosa de Bourneville, a síndrome do x-frágil, a fenilcetonúria, além de muitas outras como podem ser vistas no quadro 16.1. Investigações genéticas por meio de técnicas de microarray têm identificado microdeleções, microduplicações e outros rearranjos gênicos em casos de autismo. Recentemente, deleções e duplicações no sítio frágil 16p11.2 foram encontradas em 1% de três populações diferentes de indivíduos com autismo.

Existem evidências de que o autismo idiopático é uma condição decorrente da ação de múltiplos genes, mas ainda desconhecidos. O autismo é mais frequente em meninos que em meninas na proporção de 3:1. O risco de recorrência em irmãos de uma criança autista é ao redor de 2% se o propósito for menina e ao redor de 8% se o propósito for menino.